terça-feira, 3 de novembro de 2015

Olá, este post é sobre a aula do dia 21/10/2015.

Acabei pegando o ônibus errado e peguei "o bonde andando", ou seja, cheguei atrasada e o professor já havia falado muitas coisas, mas ainda deu tempo de captar algumas informações úteis. Ele falou sobe wiki leaks, sobre cypher punks, sobre a questão do público ser público e do privado ser guardado, preservado.

Uma parte que eu achei legal foi quando ele falou do filme "De volta para o futuro"http://www.adorocinema.com/filmes/filme-448/, que aludia ao dia 21/10/2015, mais precisamente às 17h. Gostei de lembrar do filme e do impacto que ele causou na sociedade na época sempre que era lançado. E o professor sugeriu que assistíssemos, para ver de que modo as pessoas concebiam a tecnologia no futuro longínquo. Interessante também saber que é um filme que conquistou algumas gerações e continua a conquistar outras, apesar de ser relativamente antigo.

O professor remeteu a H G Wells, que disse que nem tudo que parece tecnologicamente bom é bom. Existe também a invisibilidade, o frio, o chão, a fome e a solidão.

Outro filme citado pelo professor foi "A Guerra dos mundos", que mostra a invasão alienígena. O professor comentou que não devemos abraçar as ideias da tecnologia com tanta ingenuidade, porque elas agregam valor, mas trazem muitos ônus, muitas "mazelas" para a sociedade.

O professor também se referiu a Foucault, para quem os olhos que olham o tempo inteiro são como as torres de concentração, onde ficavam os sentinelas, vigiando os confinados. Existe então a sociedade que fabrica os loucos e depois os domestica.

Mais um comentário dele foi: "cuide para a tecnologia não cercear a educação. Ela deve ser usada para educar e não como instrumento de controle". Este achei fantástico, pois apesar de óbvio, sabemos que no decorrer do tempo,  vivendo sem refletir, sem repensar nossas práticas e sem pensar no outro, podemos nos tornar reféns das tecnologias com muita facilidade. E é justamente isso que não deve ocorrer. A tecnologia deve nos auxiliar, melhorar nossa vida, torná-la mais prática, e não, nos escravizar, a ponto de a tecnologia, a coisa, a máquina, se tornar mais importante que as pessoas que estão ao nosso redor.

O segundo momento da aula trouxe as apresentações de representantes de cada grupo formado na aula do dia 07/10/2015 para falar as respostas da atividade. Não houve muita disparidade em relação às respostas de cada integrante.

Seguem as respostas apresentadas por João, representando o meu grupo.

 Em grupos, respondam as seguintes questões. Vocês terão 1h para respondê-las e, após o intervalo, cada grupo escolherá um ou dois componentes para apresentar as respostas do grupo para a classe.

1- Apontem as principais semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto, dividindo-as em três aspectos: (1) sua constituição; (2) questões referentes à leitura; (3) questões referentes à sua produção para fins educacionais, tanto para o ensino quanto para a aprendizagem.

2- Qual a relação entre internet, web e hipertexto?

3- Quais as principais funções dos links? Dentre as funções chamadas retóricas, quais as que vocês percebem como as mais importantes ou as mais usuais?

4- Sobre o chamados gêneros digitais, apresentem a(s) definição(ões) de gênero que perceberam ser mais produtivas para suas pesquisas/atividades com as linguagens no meio digital. Com base nessa(s) teoria(s) façam um elenco de gêneros digitais, justificando cada um dos gêneros elencados mediante um enquadramento teórico.

Respostas:

Questão 1
Segundo Rouet e Levonen, a usabilidade é a grande diferença entre texto e hipertexto.
Pensando nas questões referentes à sua produção para fins educacionais, podemos refletir, por exemplo, como os aspectos da textualidade funcionam no hipertexto e como funcionavam no texto. A topicidade que é virtude do texto impresso não é necessariamente um defeito no hipertexto (sua falta). A hipertextualidade é indicada no texto, já no hipertexto é “linkada”.

Texto e hipertexto: o “hiper” do hipertexto e outras questões.

Texto Hipertexto
-unidimensional;
-as informações são obtidas em um único texto;
-as páginas são organizadas sequencialmente;
-a progressão é predefinida pelo autor;
-o leitor pode caminhar para onde quiser;
-suporte material (de certa forma, limitado);
-as expansões são secundárias.


-multidimensional;
-as informações são integradas em vários textos;
-as páginas são organizadas em rede;
-a progressão é controlada pelo usuário;
-o leitor depende da existência de links, suporte eletrônico (ilimitado);
-as expansões são centrais;
-só existe enquanto texto eletrônico.

Questão 2

Internet é a tecnologia que permite a criação de redes. Cada computador tem um endereço (protocolo TCP/IP) e se conecta a outros. A web é um tipo de rede. Texto virtual/digital e eletrônico não são sinônimos de hipertextos, o leitor cria o hipertexto ao clicar nos links.

A internet oferece subsídios para o hipertexto surgir, porque é através o click no link central na página que o hipertexto se efetiva de fato. Pode haver a página, mas sem o click, não há o hipertexto, para as pessoas que defendem a visão predominante acerca do hipertexto.


Alguns autores também consideram como hipertexto aqueles textos que circulam em meio não virtual, pois a concepção de link para eles é mais abrangente, pois entendem que ele funciona como um guia, que direciona a leitura.

Questão 3


Os links são elementos fundamentais dos hipertextos. Tem como função interconectar documentos, auxiliar o leitor a entender como o sistema hipertextual está estruturado.

A partir da função retórica, os links fazem mais do que conectar documentos de um hipertexto, exerce função retórica como: ilustrar, modificar, ampliar, restringir, aprofundar, explicar, induzir, comentar etc. A aparência é também uma função retórica dos links. Vários autores vão classificar os links de acordo com os tipos e  funções, mas atualmente temos uma grande diversidade que ainda não catalogada e aumenta a cada dia.

Questão 4

Gêneros digitais são textos que têm como suporte a internet. Esses textos possuem características peculiares por permitirem não apenas a interação com textos escritos, mas também com o meio visual, auditivo e espacial. Marcuschi nomeia esses textos de gêneros emergentes, que possuem estreita ligação com gêneros textuais já existentes em outros ambientes, mas que são reconfigurados para o discurso eletrônico.

Gêneros digitais – fenômenos históricos relativamente estáveis atrelados às novas tecnologias da comunicação e pertencentes à esfera digital.

No meio digital a escrita desses gêneros tende a uma certa informalidade, menor monitoramento e cobrança, pela fluidez e pela rapidez do tempo (Marcuschi).


O professor fez intervenções como sempre, mas muito proveitosas, principalmente quando se referiu aos links mal intencionados, que por sinal, me irritam muito, pois têm a função de atrapalhar o leitor e chamar a sua atenção para algum produto ou site que nada tem a ver com o assunto lido. Ele falou ainda dos links pedagógicos, que podem ser feitos com a ajuda do hipertexto, colocando perguntas e abrindo espaços para os leitores responderem, ou incluírem áudios, imagens, vídeos, etc.

Não pude ficar acompanhando até o final da aula, mas ela se resumiu às apresentações e intervenções, segundo fontes seguras.

Até a próxima.




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