Acabei pegando o ônibus errado e peguei "o bonde andando", ou seja, cheguei atrasada e o professor já havia falado muitas coisas, mas ainda deu tempo de captar algumas informações úteis. Ele falou sobe wiki leaks, sobre cypher punks, sobre a questão do público ser público e do privado ser guardado, preservado.
Uma parte que eu achei legal foi quando ele falou do filme "De volta para o futuro"http://www.adorocinema.com/filmes/filme-448/, que aludia ao dia 21/10/2015, mais precisamente às 17h. Gostei de lembrar do filme e do impacto que ele causou na sociedade na época sempre que era lançado. E o professor sugeriu que assistíssemos, para ver de que modo as pessoas concebiam a tecnologia no futuro longínquo. Interessante também saber que é um filme que conquistou algumas gerações e continua a conquistar outras, apesar de ser relativamente antigo.
O professor remeteu a H G Wells, que disse que nem tudo que parece tecnologicamente bom é bom. Existe também a invisibilidade, o frio, o chão, a fome e a solidão.
Outro filme citado pelo professor foi "A Guerra dos mundos", que mostra a invasão alienígena. O professor comentou que não devemos abraçar as ideias da tecnologia com tanta ingenuidade, porque elas agregam valor, mas trazem muitos ônus, muitas "mazelas" para a sociedade.
O professor também se referiu a Foucault, para quem os olhos que olham o tempo inteiro são como as torres de concentração, onde ficavam os sentinelas, vigiando os confinados. Existe então a sociedade que fabrica os loucos e depois os domestica.
Mais um comentário dele foi: "cuide para a tecnologia não cercear a educação. Ela deve ser usada para educar e não como instrumento de controle". Este achei fantástico, pois apesar de óbvio, sabemos que no decorrer do tempo, vivendo sem refletir, sem repensar nossas práticas e sem pensar no outro, podemos nos tornar reféns das tecnologias com muita facilidade. E é justamente isso que não deve ocorrer. A tecnologia deve nos auxiliar, melhorar nossa vida, torná-la mais prática, e não, nos escravizar, a ponto de a tecnologia, a coisa, a máquina, se tornar mais importante que as pessoas que estão ao nosso redor.
O segundo momento da aula trouxe as apresentações de representantes de cada grupo formado na aula do dia 07/10/2015 para falar as respostas da atividade. Não houve muita disparidade em relação às respostas de cada integrante.
Seguem as respostas apresentadas por João, representando o meu grupo.
Em grupos,
respondam as seguintes questões. Vocês terão 1h para respondê-las
e, após o intervalo, cada grupo escolherá um ou dois componentes
para apresentar as respostas do grupo para a classe.
1- Apontem as
principais semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto,
dividindo-as em três aspectos: (1) sua constituição; (2) questões
referentes à leitura; (3) questões referentes à sua produção
para fins educacionais, tanto para o ensino quanto para a
aprendizagem.
2- Qual a relação
entre internet, web e hipertexto?
3- Quais as
principais funções dos links? Dentre as funções chamadas
retóricas, quais as que vocês percebem como as mais importantes ou
as mais usuais?
4- Sobre o chamados
gêneros digitais, apresentem a(s) definição(ões) de gênero que
perceberam ser mais produtivas para suas pesquisas/atividades com as
linguagens no meio digital. Com base nessa(s) teoria(s) façam um
elenco de gêneros digitais, justificando cada um dos gêneros
elencados mediante um enquadramento teórico.
Respostas:
Questão 1
Segundo
Rouet e Levonen, a usabilidade é a grande diferença entre texto e
hipertexto.
Pensando
nas questões referentes à sua produção para fins educacionais,
podemos refletir, por exemplo, como os aspectos da textualidade
funcionam no hipertexto e como funcionavam no texto. A topicidade que
é virtude do texto impresso não é necessariamente um defeito no
hipertexto (sua falta). A hipertextualidade é indicada no texto, já
no hipertexto é “linkada”.
Texto e hipertexto:
o “hiper” do hipertexto e outras questões.
Texto | Hipertexto |
-unidimensional; -as informações são obtidas em um único texto; -as páginas são organizadas sequencialmente; -a progressão é predefinida pelo autor; -o leitor pode caminhar para onde quiser; -suporte material (de certa forma, limitado); -as expansões são secundárias. |
-multidimensional;
-as informações são integradas em
vários textos;
-as páginas são organizadas em
rede;
-a progressão é controlada pelo
usuário;
-o leitor depende da existência de
links, suporte eletrônico (ilimitado);
-as expansões são centrais;
-só existe enquanto texto eletrônico. |
Questão 2
Internet é a
tecnologia que permite a criação de redes. Cada computador tem um
endereço (protocolo TCP/IP) e se conecta a outros. A web é um tipo
de rede. Texto virtual/digital e eletrônico não são sinônimos de
hipertextos, o leitor cria o hipertexto ao clicar nos links.
A internet oferece
subsídios para o hipertexto surgir, porque é através o click no
link central na página que o hipertexto se efetiva de fato. Pode
haver a página, mas sem o click, não há o hipertexto, para as
pessoas que defendem a visão predominante acerca do hipertexto.
Alguns autores
também consideram como hipertexto aqueles textos que circulam em
meio não virtual, pois a concepção de link para eles é mais
abrangente, pois entendem que ele funciona como um guia, que
direciona a leitura.
Questão 3
Os
links são elementos fundamentais dos hipertextos. Tem como função
interconectar documentos, auxiliar o leitor a entender como o sistema
hipertextual está estruturado.
A
partir da função retórica, os links fazem mais do que conectar
documentos de um hipertexto, exerce função retórica como:
ilustrar, modificar, ampliar, restringir,
aprofundar, explicar, induzir, comentar etc.
A aparência é também uma função retórica
dos links. Vários autores vão classificar os links de acordo com os
tipos e funções, mas atualmente temos uma grande diversidade
que ainda não catalogada e aumenta a cada dia.
Questão 4
O professor fez intervenções como sempre, mas muito proveitosas, principalmente quando se referiu aos links mal intencionados, que por sinal, me irritam muito, pois têm a função de atrapalhar o leitor e chamar a sua atenção para algum produto ou site que nada tem a ver com o assunto lido. Ele falou ainda dos links pedagógicos, que podem ser feitos com a ajuda do hipertexto, colocando perguntas e abrindo espaços para os leitores responderem, ou incluírem áudios, imagens, vídeos, etc.
Gêneros
digitais são textos que têm como suporte a internet. Esses textos
possuem características peculiares por permitirem não apenas a
interação com textos escritos, mas também com o meio visual,
auditivo e espacial. Marcuschi nomeia esses textos de gêneros
emergentes, que possuem estreita ligação com gêneros textuais já
existentes em outros ambientes, mas que são reconfigurados para o
discurso eletrônico.
Gêneros
digitais – fenômenos históricos relativamente estáveis atrelados
às novas tecnologias da comunicação e pertencentes à esfera
digital.
No
meio digital a escrita desses gêneros tende a uma certa
informalidade, menor monitoramento e cobrança, pela fluidez e pela
rapidez do tempo (Marcuschi).
O professor fez intervenções como sempre, mas muito proveitosas, principalmente quando se referiu aos links mal intencionados, que por sinal, me irritam muito, pois têm a função de atrapalhar o leitor e chamar a sua atenção para algum produto ou site que nada tem a ver com o assunto lido. Ele falou ainda dos links pedagógicos, que podem ser feitos com a ajuda do hipertexto, colocando perguntas e abrindo espaços para os leitores responderem, ou incluírem áudios, imagens, vídeos, etc.
Não pude ficar acompanhando até o final da aula, mas ela se resumiu às apresentações e intervenções, segundo fontes seguras.
Até a próxima.
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